ICSI – Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide

A ICSI, também conhecida como micromanipulação de gametas é um aperfeiçoamento da técnica convencional de fertilização in vitro.

A ICSI apresenta as mesmas etapas da FIV, sendo que a diferença básica é no que acontece no laboratório, pois a ICSI consiste na colocação de um espermatozóide dentro de cada óvulo, utilizando-se um aparelho acoplado a um microscópio. A agulha que aspira o espermatozóide para injetá-lo no óvulo é cerca de 10 vezes mais fina que um fio de cabelo e só é visível com o microscópio. Com o advento da ICSI, a partir de 1993, pode-se realizar tratamentos com sucesso a casais em que a FIV não surtira efeito.

As principais indicações de ICSI são:
• Falha de fertilização em FIV prévia, ou seja, os óvulos coletados não foram fertilizados pelo espermatozóide em laboratório.
• Fator masculino grave: concentração de espermatozóides móveis recuperados menor que 2 milhões/ml e/ou morfologia estrita menor que 4%.
• Aspermia ou azoospermia. Nesse caso os espermatozóides devem ser obtidos diretamente do epidídimo ou testículo, através de punção ou biópsia. É o que acontece, por exemplo, com homens vasectomizados.
• Pequeno número de oócitos (geralmente menos que 5).

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A FIV ou a ICSI oferece uma chance de sucesso muito superior que a obtida com tentativas naturais, com o coito programado ou com a inseminação intra-útero. As taxas de sucesso variam caso a caso, mas em média são em torno de 40%. A taxa acumulativa em três tentativas pode ser superior a 70%. Quanto mais jovem for a mulher, melhores serão os resultados, como já dito anteriormente.

A ICSI não oferece melhores resultados em termos de taxa de gestação, entretanto, as taxas de fertilização (quantos óvulos são fertilizados pelo espermatozóide) tende a ser maior na ICSI, por isso ela é a opção de escolha em casos de pequeno número de óvulos.